O SPDA externo é projetado para interceptar as descargas atmosféricas diretas à estrutura, incluindo as descargas laterais às estruturas, e conduzir a corrente da descarga atmosférica do ponto de impacto à terra. O SPDA externo tem também a finalidade de dispersar esta corrente na terra sem causar danos térmicos ou mecânicos, nem centelhamentos perigosos que possam iniciar fogo ou explosões.
COMPONENTES NATURAIS DE UM SPDA
Quando a instalação possui na sua cobertura ao invés de telhados normais de alvenaria, telhas metálicas essas podem ser usadas como sistema de captação, com isso o conjunto de mastro e captor Franklin fica dispensado de ser usado, porque a própria telha é o captor do PDA, mas para tanto devem cumprir algumas exigências como:
— Chapas metálicas cobrindo a estrutura a ser protegida, desde que: a continuidade elétrica entre as diversas partes seja feita de forma duradoura (por exemplo, solda forte, caldeamento, frisamento, costurado, aparafusado ou conectado com parafuso e porca);
— A espessura da chapa metálica não seja menor que 4mm, se não for importante que se previna a perfuração da chapa ou se não for importante considerar a ignição de qualquer material inflamável abaixo da cobertura;
— Quando existir a possibilidade de aparecer um ponto quente em uma telha metálica, provocada por uma descarga atmosférica direta, recomenda-se verificar se o aumento da temperatura na parte inferior da telha não constitui risco. Pontos quentes ou problemas de ignição podem ser desconsiderados, quando as telhas metálicas ficam dentro de uma zona ZPR0B ou superior.
GALPERTI DA ITALIA – A instalação do SPDA dessa unidade em Xerem no RJ foi realizada pela empresa FAW7 que fez a aplicação dos materiais de aterramento: cabo de cobre nú, hastes de aterramento, barra equipotencial, cordoalhas estanhadas, DPS da DEHN e malha de referencia de sinais do sistema de aterramento externo, aterramento interno das maquinas e do sistema de proteção contra surtos elétricos dos painéis e quadros elétricos da instalação.
COMO TESTAR A FUNCIONABILIDADE DO SPDA
O ponto fundamental que deve ser inspecionado e checado é se existe uma conexão entre as estruturas metálicas das telhas e as figas, travessas e colunas metálicas na parte superior que devem estar em perfeita conexão. Mas é necessário que as descidas do PDA estejam conectados ao sistema de aterramento da instalação, onde os testes realizados visam atestar que em caso de uma queda de raio a corrente será dissipada para a malha de terra.
A forma de realizar esses ensaios é através do teste de continuidade elétrica onde poderá ser usado um microlinômetro ou alicate termômetro a ser usado nas caixas de inspeções do aterramento da instalação.