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LAUDO DE ATERRAMENTO E SPDA DA SUBESTAÇÃO

A definição de laudo segundo os dicionários é um parecer técnico emitido por profissional, com isso vamos entender a importância, necessidade, obrigações e abrangências que se referem a um Laudo.

LAUDO TÉCNICO É OBRIGATÓRIO?

Sim, é obrigatório baseado na Resolução Normativa REN 906 Modulo 4 no tópico 2 do governo federal, ou seja, é LEI. Estabelece que a concessionaria e transmissora deverá manter o histórico dos laudos técnicos e das grandezas físicas monitoradas e o registro dos resultados de comissionamentos, inspeções, ensaios, medições e manutenções executadas em equipamentos e linhas de transmissão durante todo o período da concessão.  Os registros devem conter, no mínimo, a descrição das atividades realizadas, os resultados obtidos, os eventuais problemas encontrados, os reparos realizados, o tempo de execução da manutenção e as informações funcionais da equipe que realizou os trabalhos.

Também existem normas ABNT que indicam periodicidade de manutenção para análise de óleo e termografia e na NBR 5419/2015 parte 3 item 7.3.1 alínea e) que estabelece o período de 12 meses para fornecedores de energia

Requisito de Manutenção - Já na mesma REN 906 no item 10 está definida o período de manutenção dos equipamentos de uma subestação, que segue na tabela ao lado:

OBJETIVO DE UM LAUDO DO SISTEMA DE ATERRAMENTO E SPDA

O foco principal que se deve buscar é manter o sistema seguro para que possa proteger pessoas e equipamentos contra danos, percas e sinistros oriundos de descargas atmosféricas, curto circuito e demais sinistros e ainda:

  • Segurança: Um sistema de aterramento adequadamente projetado é essencial para garantir a segurança do pessoal e do equipamento. Ele ajuda a proteger contra choques elétricos e incêndios, e pode ajudar a evitar danos a equipamentos eletrônicos.
  • Conformidade: Muitos países têm regulamentações e padrões que exigem que as instalações tenham um sistema de aterramento que atenda a certas especificações. Um estudo de aterramento pode ajudar a garantir que o sistema de aterramento de uma instalação atenda a esses requisitos.

  • Desempenho: Um sistema de aterramento e SPDA que não é projetado ou mantido adequadamente pode causar problemas com o desempenho de equipamentos eletrônicos, como interferência em sistemas de comunicação ou danos a componentes eletrônicos sensíveis. Um estudo de aterramento pode ajudar a identificar e abordar esses problemas.

  • Garantia: Alguns fabricantes de equipamentos eletrônicos podem exigir que uma instalação tenha um sistema de aterramento e SPDA adequadamente projetado e mantido para manter a garantia do equipamento. Uma boa analise e inspeção do sistema de aterramento e SPDA pode ajudar a garantir que uma instalação atenda a esses requisitos.

QUAIS ENSAIOS A ENSAIOS A REALIZAR PARA UM LAUDO

Um dos grandes problemas existentes no mercado é que muitas empresas querem apenas um papel assinado e com uma ART recolhido, mas a questão é, os ensaios realizados estão corretos e atendem as exigências técnicas e normativas?

  • Resistencia / Impedância – Em uma subestação é necessário lembra que o ensaio tem que se realizado em uma frequencia diferente de 60 HZ, e que o equipamento deve possuir potencia, tensão e corrente suficiente. Outro ponto é que a distancia para os ensaios são definidos baseado na maior diagonal da SE multiplicado 5X. E a nível de equipamento que atende a essa exigência para ensaio em subestação nos temos a CPC100, terrômetro convencional e de alta frequencia não tendem porque possuem baixa potencia 1W, corrente de miliamper e tensão máxima de 50V.

  • Tensão de Passo e Toque – Para esse ensaio existem alguns equipamentos específicos que atendem para esse ensaio com algumas limitações já a CPC 100 consegue atende as exigências técnicas e normativas.

  • Teste de Continuidade Loop - O teste de integridade verifica a continuidade entre dois pontos de aterramento diferentes da grade de forma seccionada. Dessa forma, as conexões com a grade de aterramento são verificadas, confirmando que a linha de aterramento é capaz de transportar correntes operacionais e de falha, o equipamento a ser usado é microohmimetro;
  • Teste Continuidade entre Malhas – A finalidade é realizar o teste para verificar se as malhas de instalações próximas a subestação estão conectadas, para tais ensaio deve ser usado um microohmimetro ou alicate terrometro.

  • Teste Continuidade SPDA Prédios – O teste deve ser realizado para atestar a continuidade entre os captores do PDA, as descidas dos prédios e a sua malha ou anel de aterramento de acordo com a NBR 5419/2015;

  • Teste SPDA Pateo da Subestação - Ao se aborda o SPDA para a parte externa da SE a norma aplicável é a IEEE 998/2012 que trata de forma especifica sobre a aplicação para subestação. Quando da existencia de barramentos blindados e cadeias de isoladores, os cálculos a serem desenvolvidos devem levar em consideração o NBI da cadeia dos isoladores e as correntes de curto circuito dos barramentos, a analise é realizada através de software;

  • Teste do Sistema de MPS – O que visa essa inspeção e teste é verificar se os DPS e suas conexões atendem quanto a coordenação e classes nos quadros e painéis em que estão instalados, devem ser usados equipamentos como termografia, multímetro TRURMS;

  • Teste de Passagem de Cabos – A norma NBR 13231/2015 estabelece que as passagens de cabos existentes na SE da parte externa para a parte interna das casas de controle e comando, devem possuir um sistema de proteção firestop, que proteja contra incendior por até 2 horas; ou seja não é espuma expansiva esse produto é para marcenaria.

Gerenciamento de Risco

De acordo com a NBR 5419/2015 parte 2 o que se visa é a identificação da estrutura a ser protegida, para essa atividade deve ser utilizado software como da DEHN e outros existentes, com a finalidade de:

  1. a) identificação de todos os tipos de perdas na estrutura e os correspondentes riscos relevantes R (R1 a R4);
  2. b) avaliação do risco R para cada tipo de perda R1 a R4;
  3. c) avaliação da necessidade de proteção, por meio da comparação dos riscos R1, R2 e R3 com os riscos toleráveis RT;
  4. e) avaliação da eficiência do custo da proteção pela comparação do custo total das perdas com ou sem as medidas de proteção. Neste caso, a avaliação dos componentes de risco R4 deve ser feita no sentido de avaliar tais custos

- Análise da Documentação – Realizar uma analise e inspeção na documentação do sistema de aterramento e SPDA é parte integrante de um laudo onde documentos como: projeto de aterramento, projeto de SPDA, memorial de calculo, relatório do gerenciamento de risco.

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